Ele defendia que a felicidade para o ser humano está em encontrar o meio termo, a "mediania". Evitar os excessos. Uma vida feliz seria aquela em que a gente consegue juntar as três formas de felicidade possível: os prazeres, a liberdade cidadã e o conhecimento da filosofia.
Nossas virtudes são aquilo que temos de melhor. Ele as encontra na metade do caminho, entre um excesso e outro.
Em relação à coragem, não ser medroso nem destemido. Na alimentação, evitar comer demais mas também não comer tão pouco que leve à doença. Com o dinheiro, não ser o extravagante que fica gastando o que não tem, mas também não ser o avarento que é louco por dinheiro ao ponto de viver apenas para acumulá-lo. E assim por diante.
A virtude está em achar o "caminho do meio". E isto não é nenhuma moleza.
Professor Elenilton.
"Virtude diz respeito às paixões e ações em que o excesso é uma forma de erro...
Por outro lado, é possível errar de muitos modos (pois o mal pertence à classe do ilimitado e o bem à do limitado, como supuseram os pitagóricos), mas só há um modo de acertar.
Por isso, o primeiro é fácil e o segundo difícil – fácil errar a mira, difícil acertar o alvo. Pelas mesmas razões, o excesso e a falta são característicos do vício, e a mediania da virtude:
Pois os homens são bons de um modo só, e maus de muitos modos.
A virtude é, pois, uma disposição de caráter relacionada com a escolha consistente numa mediania, isto é, a mediania relativa a nós, a qual é determinada por um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria prática.
E é um meio termo entre dois vícios, um por excesso e outro por falta; pois que, enquanto os vícios ou vão muito longe ou ficam aquém do que é conveniente no tocante às ações e paixões, a virtude entrar e escolhe o meio termo.
E assim, no que toca à sua substância e à definição que lhe estabelece a essência, a virtude é uma mediania; com referência ao sumo bem e ao mais justo, é, porém, um extremo."
Aristóteles
Em sua obra Ética a Nicômano